terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Íntimo desconhecido e sagaz homem sem razão!

Nadava em piscina olímpica. Saltava de ponta, ia até o fundo e emergia de novo repetindo o gesto em atividade e profundidade; Lembrava-se de como era intenso. Pensava o quanto antes sentir-se sujeito a outros sentimentos não tão densos. Tenso, tenso... Só de pensar em se enrroscar em outros emaranhados e tufos de cabelos, nadava para mais longe... Ria do mistério, abraçava desconhecidos íntimos, afastava dores ainda salivando dissabores; Assim seria mais fácil, mais cômodo! Então nadava um pouco mais. E nadava... Tinha fôlego! Sentia felicidade em não buscar sentido algum para nada. Rogava surrealismos juvenis e coloridos artificialmente por seus dedos escorregadios - parece até que gostava de vê-los perder-se por tantos dedos. Apontava à superfície não como saída, nem fuga. Seria retorno à realidade? Então sentiu um cheiro de café e acordou.

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Era, assim...

Um comentário:

  1. Um pseudo-passado um tanto quanto invejável.E as pessoas ficam velhas e ficam idiotas.Talvez seja melhor seguir sem um coração socando o peito pelo lado de dentro.


    Seu jeito de escrever lembra bastante Fernando Sabino.(Considere como um elogio por favor.)

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